sexta-feira, 30 de maio de 2008

A Alma do Mundo


Se o planeta Terra é o corpo físico do nosso mundo, nós somos a Alma do Mundo.
A humanidade, porém, não possui a plena consciência do seu papel nesse mundo.
As pessoas se apegam a uma visão egocêntrica, por se julgarem livres de qualquer vínculo com seus semelhantes. Esta separatividade, apesar de aparente, não passa de uma ilusão egóica e pretensiosa. Somos todos partes da Alma do Mundo.
Os efeitos de quaisquer ações praticadas por uma criatura repercutirão em todas as demais, ainda que não exista nenhuma ligação física entre elas.
Uma guerra distante, uma catástrofe num outro continente, o desespero de alguém diante de uma tragédia são sentidos por todos nós que somos partes da Alma do Mundo.
Os acontecimentos que atingem maior quantidade de pessoas repercutem mais intensamente, mas nem por isto os pequenos incidentes deixam de afetar a todos nós.
Se alguém está sofrendo na África, eu sofro no Brasil, ainda que não tenha consciência da origem do meu sofrimento. Se a violência das guerras deixa órfãos pelo meio da estrada, nós sentimos a dor da perda, e nos tornamos órfãos também, mesmo que ao nosso lado estejam os nossos pais. A fome, a sede, a miséria, a tortura e outras manifestações de violência contra a criatura humana são sentidas por todos nós que fazemos parte da Alma do Mundo.
Os tsunamis, os terremotos, as enchentes, os acidentes e os atentados terroristas não ferem e matam apenas nos locais onde se dão as ocorrências, mas eles penetram em nossas casas, em nossas vidas e em nossas almas.
Eu não posso viver completamente feliz, quando sei dos sofrimentos por que estão passando tantas pessoas, em diversas regiões do planeta.
Se é verdade que o que os olhos não vêem o coração não sente, a alma, porém, não é cega e nem insensível, diante das injusticas que estão sendo cometidas contra a Alma do Mundo.
A Alma do Mundo está sofrendo a dor das guerras, das violências urbanas, das catástrofes e tragédias ambientais. O mundo está envolvido em lutas e lutos, e a cada morte por um ato de violência corre uma lágrima invisível no rosto de cada um de nós.
A humanidade, no entanto, atônita, apavorada e omissa, assiste à desgraça alheia com uma complacência amoral, e cada um se consola por não estar diretamente envolvido naqueles acontecimentos, que envolvem dores, medos e perdas.
A quase totalidade das pessoas desconhece que tudo está interligado, se um sofre, todos sofrem, e não adianta disfarçar os sentimentos, pois cada alma padece das mesmas dores que assolam a Alma do Mundo.
A felicidade de uma única pessoa será sempre relativa e incompleta, porque agregadas a ela estarão a tristeza e a insatisfação da Alma do Mundo, com todas as injustiças que estão sendo cometidas contra a criatura humana.
Se a alegria absoluta é inatingível, que tenhamos, pelo menos, o consolo de estar contribuindo para amenizar as dores daqueles que sofrem com a miséria e a violência. Fazer a nossa parte, dar a nossa contribuição, eis o que se pode esperar de cada um para reverter o processo de destruição que ameaça cada vez mais o futuro da humanidade.
Quando se propõe algo neste sentido, a maioria logo se insurge contra a idéia, alegando que mal tem para si, quanto mais para doar aos outros. As pessoas não sabem que não existe esse "si" isolado dos outros "sis", se cada um só pensar em si mesmo, o caos continuará avançando e irá tomando conta de tudo. E um dia todos perceberão que a única saída está na busca de uma consciência coletiva, que precisa começar por atitudes isoladas de cada um.
Na numerologia, o número 9 reúne as qualidades humanitárias que promovem os desapegos e as ações altruísticas, em ações que se ocupam mais com os outros do que consigo mesmo. Em razão disto, o número 9 é considerado um sinal de azar, desprezível e dispensável, digno de rejeição por parte dos numerólogos, que devem conhecer a técnica dos números mas desconhecem a essência espiritual que rege a evolução da humanidade.
Entre os kahunas, nativos do Havaí, encontra-se uma filosofia, que se confunde com ciência e religião, que prega a responsabilidade pessoal de cada um com o todo. Dizem os sábios kahunas que, de alguma forma, cada um de nós tem responsabilidade por tudo que está acontecendo no mundo, e que transferir para os outros as soluções pode ser cômodo, mas não resolve nada.
A ciência kahuna prega que o universo físico é uma realização dos nossos pensamentos, e que se os pensamentos são doentios, a realidade criada é doente. Se, pelo contrário, os pensamentos são amorosos e caridosos, criam-se realidades físicas transbordantes de amor.
Tudo, porém, depende de nós, somente de cada um de nós.
Eu sou responsável por criar um universo físico perfeito, a partir dos meus pensamentos perfeitos. O lá fora não existe, tudo só existe dentro das nossas mentes, que refletem o mundo físico que se conhece.
Diante da realidade que se materializa aos nossos olhos, pode-se perceber o que a humanidade tem pensado, o quanto de violências e egoísmos está sendo alimentado dentro de nossas mentes.
Se eu quero mudar o mundo, tenho de começar mudando a minha maneira de pensar. Se eu quero ser ouvido, preciso aprender a ouvir. Se eu reclamo do desrespeito e da violência, não tenho outra saída senão me tornar cordial e amoroso.
Esses sábios nativos kahunas recomendam que comecemos assumindo as nossas próprias responsabilidades, deixando os outros em paz e parando de reclamar contra tudo e contra todos.
De acordo com a visão kahuna, se praticarmos 4 afirmações muito simples, já estaremos dando os passos certos, para mudar o mundo, a partir de transformações dentro de nós mesmos. Essas afirmações, surpreendentemente simples, não são nada semelhantes a certas palavras mágicas, daquelas que só os iniciados podem ter acesso.
Sinto muito - Te amo - Me perdoe - Sou grato.
Essas afirmações podem ser precedidas por uma espécie de confissão de culpa, que é dirigida não a uma determinada pessoa, mas a si mesmo, ao seu Eu Superior.
Concluo esta apresentação, deixando-os com esta magnífica obra de poder e magia, capaz de mudar radicalmente as vidas dos que souberem adotá-la.
Experimentem praticá-las, e observem os resultados.
"Divino Criador, pai, mãe, filho em um...
Se eu, minha família, meus parentes e ancestrais lhe ofenderam, à sua família, parentes e ancestrais em pensamentos, palavras, atos e ações do início da nossa criação até o presente, nós pedimos seu perdão...
Deixe isto limpar, purificar, liberar, cortar todas as lembranças, bloqueios, energias e vibrações negativas e transmute estas energias indesejáveis em pura luz...
E assim está feito.