sexta-feira, 22 de maio de 2009

Mapa Numerológico da Alma

As pessoas costumam ficar curiosas sobre o que seja um mapa numerológico. A grande maioria está cansada de conhecer o popular mapa astral, que, na verdade, é um mapa astrológico. Poucos, muito poucos, no entanto, já viram um mapa numerológico.
Um mapa, além do significado tradicional de desenho ilustrativo de uma região, também pode ser definido como um esquema demonstrativo, que distribui e situa cada informação, dentro de um plano de trabalho. Pois bem, é assim que deve ser visto o mapa numerológico.
O plano de trabalho é baseado numa técnica pitagórica, que atribui valores
numéricos às letras, e caracteres qualitativos aos números. A numerologia não considera o número um simples símbolo de valor quantitativo, que estabelece volumes, intensidades, espaços e grandezas dimensionais. A técnica desenvolvida pelo grande filósofo, matemático e mestre iniciático Pitágoras atribui a cada número um perfil próprio, que identifica e define as tendências e vocações humanas.
Pitágoras foi um sábio grego que possuía dons cristícos e poderes avatáricos, se
melhantes aos que, séculos mais tarde, foram desenvolvidos por Jesus, o grande avatar do amor.
O mapa numerológico, porém, é apenas o esquema demonstrativo desse plano de trabalho, que tem por base transformar tudo em números. Como dizia Pitágoras, os números são tudo, e não existe nada que não seja número. Segundo a visão pitagórica, Deus é o grande matemático, que criou tudo a partir dos números.
O mapa numerológico é, portanto, o ponto de partida, mas jamais o de chegada.
Os números são símbolos que identificam, mas não influem. Chega-se a conclusões através da leitura dos sinais numerológicos, mas não se criam situações, nem se materializam obras, a partir dos números.
Pitágoras ensinava a seus discípulos que conhecer as qualidades numerológicas era um talento que permitia o acesso ao auto-conhecimento.
"Conhece-te a ti mesmo, e conhecerás os Deuses e o Universo". Era com essa frase que a filosofia grega contemplava os que adentravam o Templo de Delfos, onde as sacerdotisas profetizavam os futuros acontecimentos e os sábios aconselhavam seus discípulos.

O mapa numerológico distribui os números em seus diversos espaços de leitura, mas haverá de ser com o conhecimento da filosofia do Mestre que o discípulo saberá interpretar corretamente o que esses números podem revelar.
Muitos se julgam conhecedores da numerologia, por saberem apenas montar esse plano inicial do trabalho. Mas, o mapa é só o início, já que a leitura correta exige profundos estudos e análises, dentro do que era ensinado por Pitágoras aos seus discípulos. Por isso, diz-se que não basta saber identificar o perfil de cada número, é preciso interpretá-los dentro de um contexto consistente e interativo, a que eu denominei "trama da alma".
A trama é um entrelaçamento de fios e nós que produzem uma peça enredada, onde tudo tem de estar relacionado e dependente entre si. E é assim que terá de ser visto o mapa numerológico.
A alma criou uma trama que terá de ser seguida pela personalidade, a fim de
que se concretize a missão. É dessa forma que o mapa terá de ser analisado. Nenhuma idéia solta, nenhum ponto discordante.
A alma é o resultado do somatório das vogais do nome que se recebe ao nascer. A personalidade é a soma das consoantes. A missão é a soma completa de vogais mais consoantes.
A Numerologia da Alma, metodologia por mim desenvolvida, promove a análise dos ideais da alma, as razões pelas quais ocorreu uma nova encarnação e os caminhos a serem percorridos para o fiel cumprimento da missão.

A Numerologia da Alma não se prende às ambições e anseios da personalidade, que é o ego encarnado, e que sofre todo tipo de pressão social e influências kármicas dos antigos erros cometidos em vidas passadas. Muitas vezes, a personalidade tenta desviar-se da missão, por comodismo, egoísmo ou vaidade, e sofre muito com isso, até que volte a se ocupar das tarefas que foram programadas, de acordo com o plano da alma.
A Numerologia da Alma condena os que procuram utilizar-se da numerologia para satisfazer os anseios materialistas da personalidade, por provocar o distanciamento da
missão e a conseqüente frustração espiritual da alma. Ninguém poderá ser feliz, se não cumprir a missão. Não há riqueza, nem fama, nem poder, que possam proporcionar paz e felicidade, se forem alcançados mediante o abandono da missão.
Convido, portanto, os meus leitores, que desejam se conhecer melhor, e saber qual é a sua missão nesta vida, que entrem em contato comigo, para solicitar seus ma
pas. O meu email é gilberto.numerologo@starweb.com.br, e será preciso enfrentar uma fila, para aguardar a vez. Por isso mesmo, é bom reservar já a sua vaga. Se quiserem saber um pouco mais sobre a Numerologia da Alma, façam seus comentários ou solicitem um tema de sua preferência que, dentro do possível, procurarei atender.









sexta-feira, 15 de maio de 2009

Karma e Reencarnação - o karma 16

A experiência me tem revelado que, cada vez mais, as pessoas demonstram curiosidade sobre suas vidas passadas e o que esperar do futuro. Não importando qual seja a sua crença, a reação natural e instintiva é pedir que fale alguma coisa dela, que ela não saiba. Algumas emendam o pedido com uma ressalva, "mas não me conte nada de ruim que virá a acontecer". Em relação às vidas passadas, costumam ser menos incisivas, mas ainda assim um pouco reticentes.
Quando surgem números kármicos nos seus mapas, ficam meio assustadas, por não saber o que isso possa representar de pior para sua vida.


O consolo que procuro dar, diante dessas presenças kármicas, é que são coisas do passado, ações de outras vidas que foram cometidas por uma outra personalidade, na qual sua alma esteve encarnada. O mérito maior que faço questão, então, de ressaltar é que ela foi a escolhida por sua alma a ajudá-la a superar as conseqüências dessas antigas ações kármicas.
É claro que a presença de qualquer um deles no mapa é uma demonstração inequívoca da natural tendência a repeti-los, se não houver muita atenção e permanentes cuidados.
Daí porque a numerologia pode prestar uma enorme ajuda na identificação de cada um desses karmas, e nas recomendações de como lidar com eles.
De acordo com a posição que ocupem no mapa, os karmas podem ser mais ou menos ativos, influindo de um modo maior ou menor, nos riscos de vir a re
peti-los.
Procuro tranqüilizar essas pessoas que trazem números kármicos nos seus mapas, dando-lhes o conselho mais simples e coerente que se pode dar, quando
o assunto em pauta é o karma.
Não resistir aos efeitos kármicos, não fugir do enfrentamento e não fechar os olhos para sua realidade são as lições mais eficientes para conviver com os karmas, pois recusá-los ou tentar desconhecê-los somente servirão para realimentá-los e torná-los mais fortes e atuantes.
Na visão numerológica, vence-se o karma através das atitudes sugeridas pelos seus números reduzidos, que se comportam como guias e conselheiros, em todos os momentos. Se o karma é o 14, o melhor é ouvir o número 5. Se o karma é o 16, ouve-s
e o número 7. Se o karma é o 19, é a vez de se dar ouvidos ao número 1. O karma 13, que é suave como a preguiça, resolve-se com a simples opção pelo trabalho e por assumir-se responsabilidades, como recomenda o número 4.
Aconselho, portanto, às minhas amigas que possuem 16 na alma ou na personalidade que se concentrem bem nas virtudes e vocações do nº 7,
procurando adotá-las em todas as suas ações.
Há diferenças, é verdade, apesar do tratamento ser sempre o mesmo. Se o karma 16 aparece na alma, a influência é bem mais forte, dando uma estranha sensação de que, a qualquer momento, tudo pode acontecer novamente, ainda que não se tenha a consciência exata do que é que pode voltar a se repetir.
As lembranças permanecem retidas na memória espiritual, mas não são identificadas a nível da consciência. Com isso, os efeitos dos antigos karmas vão agindo e influindo nas ações, apesar de não serem entendidos os motivos que provocam cada s
entimento ou emoção.
Dessa forma, os karmas na alma interferem bastante no comportamento, gerando medos e bloqueios emocionais, que poderão inibir ou até anular virtudes e talentos.
A maneira mais aconselhável para lidar com essas reações inibidoras é não tentar negá-las, nem fugir delas. O melhor mesmo é encará-las de frente, tentando entender os motivos que deram origem a essas tendências fugidias e escapistas. O autoconhecimento e uma avaliação precisa de cada acontecimento ajudarão a equacionar e resolver todos os conflitos, sem traumas ou medos.
Uma sensação estranha de um fracasso iminente, diante
de qualquer experiência mais ousada, pode ser um sinal de que uma situação semelhante foi vivida em uma outra vida. Mas, de forma alguma, essa sensação estaria prenunciando um novo fracasso. O sentimento é de que tudo pode vir a se repetir, e que é melhor não arriscar. Mas, o karma 16 também está relacionado a perdas de oportunidades ou a tentativas erradas, daí porque fugir ou evitar, não é a solução.
O ideal mesmo é enfrentar cada situação com a percepção e o detalhamento de um número 7, sem ilusões ou emoções.

As almas 7 devem seguir pressentimentos, pois são intuitivas e videntes, mas precisam aprender a separá-los das fantasias e devaneios do mundo místico que domina a sua mente. Não se deve confundir a visão hiperfísica, que gera imagens mentais, com sensações ilusórias, provocadas pela vontade de produzir um fenômeno espiritual. Tem gente que tem vontade de ser medium ou vidente, mas não nasceu com esse dom, então vive criando rituais e celebrações, nos quais surgem mensagens ou imagens, inventadas por suas fantasias mentais. Isto não é sadio, e também não ajuda, só atrapalha.
Cuidado com as mentiras e manipulações , que são tendências dessas
almas 16 que, ao invés de buscar saídas para seus karmas, se embaraçam cada vez mais nas suas redes de intrigas. Evitem os escândalos e as traições, especialmente as amorosas, buscando colocar-se a salvo das seduções e tentações da matéria.
Controlem suas ambições exageradas e as reações autoritárias, não se julgando donos da verdade ou senhores das vontades alheias.
Os karmas, qualquer um deles, quando surgem na alma,
podem fugir do controle e se repetirem a qualquer momento. Isso porque, as causas estão impregnadas na alma, palpitantes e latejantes, como uma ferida mal cicatrizada. Essas dores, quando se trata do karma 16, poderão ser ainda mais intensas, se o nº kármico 13 surgir em alguma posição do mapa. Essa presença configura o mau uso dos poderes espirituais em proveito próprio, interferindo na vida alheia e gerando os doloridos karmas da magia negra. Isso costuma afastar essas almas das práticas espirituais por diversas encarnações, devido ao medo de repetir os erros. Algumas pessoas não podem nem ouvir falar de fenômenos espirituais ou místicos que se arrepiam e se benzem. Muitas dessas, senão todas, foram magas negras em outras vidas, e não querem nem pensar em correr o risco de repetir os karmas do passado. Mas, o tempo trata de fazê-las esquecer os males causados, enquanto vão pagando por seus karmas e resgatando-os, vida após vida. Chega uma vida em que o mundo espiritual oculto se abre novamente para essas almas que, cautelosas e criteriosas, voltam aos seus rituais de magia, curando, aconselhando, consolando e exorcisando os demônios daqueles que insistem em manipular a vontade e os sentimentos alheios.
As personalidades 16, por estarem numa fase mais avançada de eliminação dos karmas, sofrem menos pressões, enquanto, de um modo mais prático e objetivo, vão deixando esses karmas para trás. O momento é este, com o karma na personalidade, a encarnação é propícia para a quitação de todas as dívidas do passado.
Assume-se o perfil do nº 7, e segue-se adiante. Pre
servamos nossos espaços, passamos mais momentos a sós e nos dedicamos a leituras, estudos e meditações. A ciência torna-se a fonte de nossas curiosidades; os mistérios, a inspiração de nossas pesquisas e a expansão ilimitada da nossa consciência espiritual, a razão de viver.
Os cuidados recomendáveis às almas 16 se aplicam às person
alidades, especialmente no que se refere a traições e escândalos amorosos. As personalidades, no entanto, não serão tão afetadas por remorsos e medos de fracassos com a mesma intensidade das almas 16.
Se o karma 16 vem na missão, aí então não há o que duvidar, essa alma fracassou numa missão anterior. E se ela traz, em qualquer lugar do mapa, o nº mestre 11, o fracasso envolveu a liderança de grupos iniciáticos, e, agora, está repetindo a missão fr
acassada.
Em tais casos, todo cuidado é pouco, para que o fracasso não
volte a se repetir. Um novo fracasso seria por demais decepcionante e doloroso para essa alma, quando se desse conta disso, depois de desencarnar.
Compreendo que, no Ocidente ainda se encontra muita resistência quando se fala em karma e reeencarnação. Se a gente menciona o assunto, as pessoas se sentem incomodadas e bastante desconfortáveis. Elas alegam, quase sempre, que não lembram de nada de outras vidas, logo não podem confirmar se o que é dito aconteceu mesmo, ou não.
É verdade que as lembranças de outras vidas são apagadas da memória consciente, mas permanecem no inconsciente, e assim, resíduos ou lapsos dessa memória kármica podem, a qualquer momento, colocar-nos diante de uma sensação estranha
ou de um sentimento que causa surpresa ou emoção.
Crendo ou não crendo nos karmas e na roda de reencarnações, eles existem, e o melhor é não duvidar. Todos nós continuaremos a reencarnar, até que o último sentimento negativo, por mais ingênuo ou simplório que seja, venha a ser superado.
Dar o amor sem esperar retribuição, ofertar o perdão sem re
strições ou doar aquela esmola que fará falta serão práticas obrigatórias, para que se possa evoluir. Enquanto uma simples pendência kármica persistir, a alma estará em dívida com o Espírito ou a Mônada.
Vencer os karmas, e ajudar as almas a quitarem todas essas dívidas espirituais, é a grande responsabilidade das personalidades, a cada encarnação. E para fazer isso basta cumprir a missão.

Dedico essa postagem às minhas mais ilustres seguidoras, que estão investidas de personalidades guerreiras e corajosas, para libertarem suas almas dos karmas do nº 16.
Daniele e Patrícia, o brilho dos seus nºs. 7 ilumina a escuridão dos kar
mas, e faz com que suas vidas sirvam de exemplo para suas amigas e familiares. Os karmas se perdem e se atrofiam, diante da grandeza com que põem em prática as qualidades e os valores do nº 7.
A receita é esta, o remédio é amargo, mas a cura é prazerosa e gratificante.








quinta-feira, 7 de maio de 2009

Espiritualidade sem religião

Os novos tempos estão cobrando novas posturas, novas atitudes, novos ideais, mas sem que se altere uma só vírgula das antigas verdades, que deram origens às tradicionais crenças, seitas e religiões.

Dedico esta reflexão espiritual a todos que estão transitando entre o devocional e o espiritual, sem entender com muita clareza o que se passa com a sua fé.
Até há bem pouco tempo, a missa, o culto, uma sessão espírita ou um ritual de candomblé, pareciam responder a todos os ideais da alma.
De acordo com as crenças de nossos pais, dávamos os nossos primeiros passos religiosos, e rezávamos com uma enorme fé para um Deus Todo-Poderoso, distante, é verdade, mas perfeitamente acessível através dos padres, pastores ou mentores espirituais.
O pecado nos apavorava, as ameaças com o inferno ou com os karmas mexiam com as nossas almas, fôssemos católicos, evangélicos, espíritas ou seguidores de seitas orientais.

As nossas dúvidas espirituais eram respondidas por nossos pais, pelos livros sagrados que nos eram dados a ler ou pelos líderes religiosos de nossas igrejas. As verdades pareciam encaixar-se em nossas crenças, ou, talvez fosse o inverso, mas tudo funcionava a contento, dando-nos uma sensação de conforto e segurança.
Tínhamos crenças que pareciam ser nossas boias salva-vidas diante dos naufrágios das almas pecadoras, que se comportavam de modo estranho à nossa fé ou que adotavam certos rituais, condenados pela nossa igreja.
A nossa certeza de estarmos no caminho certo
residia, quase sempre, num monólogo recitado ao nosso Deus, que acreditávamos estar-nos ouvindo e sempre pronto a nos atender, desde que fôssemos bonzinhos e cumpríssemos os ensinamentos de nossa religião.
A missa dos domingos, os cultos de meio de semana, os rituais das sextas-feiras, conforme fosse a nossa religião, pareciam oferecer a garantia de que Deus estava conosco, e que os pobres coitados que seguiam outras crenças estavam condenados, na melhor das hipóteses, a não serem jamais perdoados, a nunca alcançarem o Paraíso, o Nirvana, o Céu de Alá.
A gente olhava com desconfiança para quem não seguisse a noss
a religião, que nos parecia tão óbvia, tão certa, tão perfeita ! Como seria possível acreditar-se em outras verdades, senão naquelas ensinadas pela nossa religião, transmitidas pelos nosso livros sagrados e praticadas através dos tempos por seres sábios e generosos ?
A essas crenças religiosas, chama-se devoção, que é o culto a uma religião, envolvendo a crença em certos preceitos sagrados, que foram ensinados por um líder, numa determinada época, até serem reunidos por seus seguidores e transformados numa ideologia salvadora da alma.

A Doutrina Secreta nos conta que, no início do processo de evolução planetária, na fase da antiga Lemúria, seres de um outro planeta mais evoluído deslocaram-se
para a Terra, com a missão de dar uma contribuição psíquica à evolução mental dos seres que habitavam o nosso planeta.
Esses seres, os kumaras, vindos do planeta Venus, desembar
caram na Terra e unindo-se aos seus habitantes geraram uma raça mentalmente mais evoluída, dando início, então, a uma primeira expansão mental digna de registro entre nós.
Os milênios se passaram, o desenvolvimento psico-emocion
al da humanidade foi acontecendo, até que chegou o momento de dar um novo impulso nessa evolução, dessa vez com o intuito de promover uma aceleração no sentido espiritual.
Introduziu-se, então, a chamada "iniciação espiritual", uma prática que acelerava o padrão vibratório da alma humana, colocando ao alcance dos mais evoluídos, certos poderes místicos e inacessíveis aos não-iniciados.
Isso ocorreu na época da Atlântida, quando se deu um extraordi
nário progresso na história do planeta, com uma acelerada expansão no nível de consciência da criatura humana. Os poderes humanos se tornaram muito mais fortes, permitindo que ações de magia e encantamento se disseminassem por toda a terra, estimulando a ambição desenfreada e a luta pelo controle da vontade alheia.
A situação de descontrole chegou a uma condição irreversível,
que provocou uma decisão extrema da parte dos Regentes Planetários, de afundar o continente atlântico, para recomeçar num tempo futuro, uma nova fase de experiências iniciáticas. Alguns seres mais evoluídos espiritualmente foram orientados para buscar terras distantes, onde permaneceriam em segurança, enquanto os demais sucumbiam com seus egoísmos, arrogâncias e prepotências, afogados em seus imperdoáveis karmas de magia negra.
Diante disso, a humanidade deu um passo para trás, retrocede
ndo em seu caminho de evolução, e tendo de esperar por mais alguns séculos, antes de retomar o processo que fora abortado, no continente atlântico, diante dos desmandos da raça humana, quando adquiriu, e não soube usar, o poder de acessar os seus mais poderosos direitos divinos.
De lá para cá, foram séculos de reaprendizados, com práticas religiosas convencionais, algumas tentativas de ressurgimento de sociedades secretas de magia e muitos conflitos entre os poderes adquiridos pelas Igrejas e as ações espontâneas e livres, dos que ainda mantinham vivas na alma as forças místicas herdadas da antiga Atlântida.
A história da evolução espiritual fala de lutas e perseguições religiosas, de magias e fogueiras queimando os magos, fala de milagres e de crucificações de santos, fala de avataras, mestres e sábios, pregando o resgate dos poderes místicos deixados para trás.
Em algumas regiões do planeta, as religiões tomar
am o lugar do Estado, passando a impor a fé como um instrumento da lei e da ordem. Em outras épocas, e em outras regiões, predominaram o materialismo e o ateísmo, e ainda o xamanismo, com seus rituais voltados para as crenças nas forças da natureza, e as seitas africanas, com seus simbolismos místicos e seus ritos mágicos.
A fusão de todas essas crenças e a união de todos os conhecimentos re
sultaram numa síntese mítica, que aponta para o despertar espiritual de uma Nova Era, quando templos e rituais se individualizarão, se fazendo presentes dentro de cada criatura humana, que será, tanto o discípulo, quanto o mestre de si mesma.
Os sinais dessa nova fase de "iniciação espiritual" já se fazem presentes entre nós, desde a segunda metade do século passado. A literatura esotérica, a partir dessa época, ganhou uma enorme dimensão com o surgimento de obras reveladoras dos Grandes Mistérios, até então velados ao conhecimento humano.
As mentes começaram a recebe
r "idéias" estranhas e pensamentos que fugiam ao que se considerava normal. A mediunidade começou a sair das mesas do espiritismo e dos centros de candomblé e umbanda, para se manifestar entre religiosos de diversas crenças. Com isso, os conceitos de karma e reencarnação retomaram a força que haviam perdido no ocidente, desde que a Igreja e o Estado se uniram para dar lugar à famigerada Inquisição.
Nos dias de hoje, dá-se uma incontrolável aceleração da jornada
iniciática, que pode ser definida como uma caminhada em direção ao mais íntimo de nossa alma, onde habita o divino, a essência da vida espiritual de cada um de nós. Ali está a nossa nova e universal religião, que não separa os fiéis, mas agrega todas as crenças e todos os ideais. Ali, no fundo da alma, e dentro do coração, se faz presente a nossa única e definitiva religião, da qual somos o templo, o mestre e o discípulo.
Cada um de nós passará a ser o Cristo renascido, o novo caminho
, a verdade e a vida.
Por tudo isso, estamos sentindo uma necessidade enorme de não mais seguir seitas, de não sermos obedientes a regras criadas e impostas pelos falsos
profetas e pelos escribas e fariseus hipócritas.
A inspiração surgirá nas mentes e corações de todos nós, cada qual despertando no seu devido tempo. A verdade não estará com esta ou aquela religião, mas com todas elas, e com nenhuma.
A verdade será revelada a cada um de nós, pelo despertar dos
nossos Egos Divinos, que estavam adormecidos no fundo de nossas almas, desde o início dos tempos, quando fomos criados à imagem e semelhança da Criação Divina.
Muitos estão tendo dificuldades para prosseguir praticando a sua religião, pois não mais sentem o entusiasmo na alma para continuar crendo no que lhes é imposto, e que não mais lhes faz sentido.
Muitos sentem necessidade de obter respostas, que possam iluminar suas almas, e que não vislumbram nos meios religiosos que frequentam.
Muitos ouvem um chamado interior que não conseguem desconhecer, nem ficar alheios ao que eles colocam em suas mentes, desafiando-os a sair em busca de novas verdades, sem medos de castigos ou punições.
O tempo da espiritualidade devocional está chegando, po
uco a pouco, ao fim, dando lugar à espiritualidade mística, que transcende às crenças religiosas.
Que as pessoas que se sentem induzidas a seguir seus próprios caminhos, confiem mais nas suas intuições, e se entreguem às suas peregrinações solitárias, em busca de uma comunhão plena com o seu Deus Interior.
Dedico esta mensagem aos queridos discípulos da Numerologia da Alma, que estão passando por esse processo, e que precisam de muita serenidade, confiança e paciência, para dar um passo firme em direção à sua própria divindade.
Benção e graças sejam dadas a Daniele, Bárbara, Patrícia, Hélio
, Fernanda e Maria da Glória, que têm buscado a verdade com exaustiva dedicação e perseverança, numa jornada iniciática que nunca mais terá fim.