sábado, 30 de outubro de 2010

COMPLEXO DO PLEXO

Meus esotéricos leitores, a mudança do nosso padrão vibratório tem dado o que falar, e apesar de muitos não terem a exata noção do que esteja ocorrendo, a verdade é que o chakra solar vem acusando o golpe.

O chakra solar é aquele ponto acima do umbigo que é conhecido por plexo solar. Ele é a estão central onde se cruzam as forças elementais ascendentes, a caminho dos chakras superiores, e o raio monádico no trajeto inverso, vindo do chakra coronal para o chakra raiz. Eles percorrem em sagrada peregrinão o misterioso e complexo caminho de kundalini.

O nosso planeta, que é um organismo vivo, como tudo que existe no Universo, está passando por mais uma etapa do seu processo evolutivo. E, diante desse momento, está sendo cobrado da humanidade, que habita a sua superfície, que também assuma a sua ascensão espiritual.

Se houver resistência à subida de kundalini, aumenta o bloqueio na região limítrofe entre os chakras superiores e inferiores, que está localizada na altura do plexo solar, impedindo assim a livre circulação dessas energias.

As pressões, em razão disso, se concentram entre os chakras, solar e cardíaco, onde se confrontarão as forças elementais ascendentes e as energias psico-espirituais descendentes. Enquanto a energia solar desce em movimentos espiralados do alto para baixo, trazendo consigo o raio monádico para que venha a agir sobre a força vital da criatura humana, o mesmo ocorre, no sentido inverso, com as forças elementais, impulsionadas para cima desde o chakra raiz.

Acredite ou não, meu atento leitor, mas a Mônada a que pertence a sua alma está direcionando o seu raio monádico em sua direção e a de todos que façam parte do mesmo grupo, sensibilizando-os com esse toque divino.

Espera-se que as almas tocadas por seu raio monádico despertem para a Luz e direcionem suas vontades para cumprirem com convicção e entusiasmo as suas missões neste mundo.

Essa descida do raio monádico, contendo a energia solar, vem ocorrendo através de um alto padrão vibratório, causando distúrbios e incômodos nos órgãos físicos, que se localizam próximos ao chakra solar. Mas, essas reações somente estão afetando as almas mais evoluídas espiritualmente, que estejam no Plano de Evolução concebido pelas Hierarquias Planetárias, visando uma expansão de consciência da humanidade.

Esse movimento vibratório intenso, entre os chakras inferiores e superiores, tem provocado nos iniciados e postulantes uma pressão muito forte na altura do plexo solar, como se tivessem levado um soco na boca do estômago.

O efeito provocado é de uma forte pressão ou de um repuxo que parece esticar o plexo solar, para um lado e para outro, acarretando um enorme incômodo, que não pode ser definido como dor, ou uma situação ainda mais séria, com perdas de energia, cansaço e tonteiras.

De um modo geral, no entanto, a sensação é bem maior do que a realidade, como se a impressão fosse mais verdadeira do que o fato em si. E assim, se tem mais a impressão da dor do que se sofre de fato, e a zonzeira se dá mais na mente do que no físico.

Esse processo de adaptação a uma nova realidade energética costuma ocorrer à noite, quando a mente se desliga e o corpo repousa. Por isso, é muito comum despertar-se pela manhã com a região do plexo solar dolorida, sensível ou como se houvesse um buraco na boca do estômago. À medida que o dia vai caminhando, a dor tende a passar.

Os ciclos costumam durar de sete a nove dias, voltando a se repetir a cada três meses, cada vez com menor intensidade, e se espaçando com o tempo.

Os efeitos físicos mais comuns são gases pressionando o plexo solar e dores localizadas entre o plexo e o cardíaco. Dores de cabeça poderão ocorrer, provocadas por tensões musculares na região da nuca e do pescoço. E, mais raramente, poderão surgir palpitações.

A impressão é que se trata de problema digestivo, como se a refeição não tivesse caído bem no estômago. Às vezes, acontece de se acordar pela madrugada, com aquela sensação de estômago pesado, como se a última refeição houvesse pesado demais.

Meus ansiosos leitores, o que se passa dentro dos nossos corpos é uma verdadeira alquimia, em que o Espírito e a Matéria se confrontam e buscam formas de conciliação. Da forma que a humanidade está vivendo, não pode continuar.

Mudar é preciso, e tem de começar já.

A harmonização de energias será um processo lento e, vez por outra, doloroso, até que o plexo solar permita sem resistência o livre trânsito das energias superiores e inferiores. Enquanto isso, os incômodos físicos deverão ser tratados com chás e compressas de água quente sobre o plexo solar. Remédios, drogas químicas, nem pensar!

As causas desses sofrimentos são inevitáveis, meus fiéis leitores. Eles são causados pelo que a escritora e pesquisadora Angela Maria La Sala Batà denominou, em seu livro “Medicina psico-espiritual”, como uma doença psico-espiritual.

Estamos vivendo um memorável conflito psíquico entre os ideais intelectuais, filosóficos e espirituais e as seduções econômicas, morais e sexuais. A reconciliação dessas questões está em jogo, pois todas fazem parte do processo de evolução de nossas almas.

A sexualidade, vulgarizada nos dias de hoje, é um sentimento sagrado. O prazer, como o êxtase sexual do corpo físico, é comparado, na literatura esotérica, com o que sente um místico em sua contemplação espiritual, numa espécie de orgasmo da alma.

Com os apegos exagerados às riquezas materiais e aos valores do corpo físico, esses sentimentos complementares da vida humana se dissociaram e se tornaram antagônicos, com o mau uso do sexo e os desvios éticos e morais das religiões.

Com a chegada da chamada “nova era”, o resgate da sacralidade sexual exige uma nova postura, moral e espiritual, de toda a humanidade. Os mais evoluídos espiritualmente terão de comprovar suas evoluções, menos por palavras e crenças, e bem mais por atitudes. Se assim não for, a incompatibilidade entre o que pregam e o que fazem acarretará doenças, epidemias, depressões físicas e desastres ambientais.

O planeta está próximo a adentrar num Ciclo de Luz, depois de percorrer um longo e tenebroso percurso envolto em trevas e sombras, e a humanidade está participando de todo esse processo de transição.

No seu livro “Karma e Sexualidade”, a escritora Zulma Reyo afirma que “a ascensão do homem implica na ascensão do planeta, e vice-versa”. Nada de novo na afirmativa, não fosse o livro tratar do confronto das forças sexuais com as energias espirituais.

Não há como negar, meus fiéis leitores, que estamos chegando a uma encruzilhada cósmica que se reflete no plano terrestre, do mesmo modo que não se pode admitir uma evolução espiritual sem uma profunda transformação alquímica na espécie humana.

Estamos aproximando-nos rapidamente do limite que separa as trevas da luz. Até agora as sombras disfarçavam as trevas e absorviam a luz. Com a entrada do planeta no “cinturão de fótons”, nada mais poderá permanecer escondido ou mantido em segredo.

O sacerdote do templo será também sacerdote no lar e no trabalho. O amor do homem a Deus terá de ser também dedicado ao próximo. A mentira não mais sobreviverá com metáforas, o mentiroso será denunciado com todas as letras. O sexo não mais poderá ser usado como o prólogo de uma paixão, mediante pornografias e libertinagem, voltando a assumir o seu verdadeiro papel de epílogo do verdadeiro amor. Os falsos profetas serão expulsos dos templos, e da mesma forma os falsos moralistas, com suas hipocrisias e desvios psíquicos, serão desmascarados por toda a sociedade. Os ladrões serão todos aqueles que se apossarem do que não lhes pertença, desqualificando-se definitivamente o linguajar dos advogados de porta de cadeia ou de portão de penitenciária. Os bons serão os perfeitos, os maus serão todos os demais, e perfeição se tornará sinônimo de justo e honesto.

Tudo isso será uma decorrência natural da entrada do planeta no “cone de luz”, quando 2012 chegar. A luz iluminará todos os cantos escuros e os casos escusos, denunciando os que têm usado as sombras e as trevas para se protegerem.

Alerto-vos a todos que cuidem das suas almas, corrijam suas personalidades e cumpram suas missões. Controlem os seus progressos espirituais pela reação do seu chakra solar. Se persistirem os incômodos por muito mais tempo, sabei que a harmonização do espiritual com o material não está ocorrendo com sucesso.

Por enquanto, dores e incômodos são efeitos naturais das transformações em curso. Dias virão em que o chakra solar terá de estar com a sua fronteira aberta para a plena circulação da energia solar de fohat e da energia de kundalini, de modo a que se encontrem harmonicamente no centro do chakra cardíaco. Quando isso acontecer, o padrão vibratório do planeta terá mudado e com ele a consciência psico-espiritual da humanidade.

Permanecei atentos e vigiai meus iniciados leitores, pois esses dias não serão anunciados pela imprensa, nem pelas religiões e menos ainda pelos governantes. Eles acontecerão sem alardes, sem coreografias fantasiosas. E somente os que estavam preparados perceberão que já não são mais os mesmos. O antigo homem morreu, um novo renasceu.

Assim falaram os Mestres.

sábado, 16 de outubro de 2010

AS QUATRO ESTAÇÕES DO AMOR


Meus amantes e amados leitores, eis-nos abrindo um espaço para o amor, mas com uma visão diferenciada, eu diria que ambientalista e num estilo ecologicamente correto.

Na natureza, após o inverno, a primavera. Na espécie humana, depois da morte, o renascimento. Hibernar é morrer, para renascer.

Tudo na vida contém o princípio evolutivo do nascer, viver, morrer e renascer. O renascimento é a antítese da morte, a eternidade é a síntese dos sucessivos e intermináveis renascimentos.

O amor não poderia ter outro sentido, senão o que rege a vida, não fosse ele a essência e a razão da própria vida.

Se o amor nasce na paixão, um amor amigo já deverá ter nascido, antes que ele morra. Antes que se vão fantasias e sonhos, um amor fiel e sincero já deverá ter amadurecido. Antes que morram os desejos, um amor fraterno e amigo já deverá reger os sentimentos na vida do casal.

A cada primavera, é preciso empreender uma nova jornada amorosa, numa permanente peregrinação em busca das antigas paixões, esquecidas ao longo do caminho, congeladas pelo frio dos invernos.

Os sentimentos mortos no inverno renascem com a primavera. Assim como acontece na natureza, também se repete em nossos corações. Toda morte se redime no renascimento.

As flores mortas renascerão viçosas, assim também, os sentimentos em nossos corações.

O casal que não segue o fluxo da natureza corre o risco de assumir mortes inexistentes.

A ilusão do inverno leva-nos a crer que a flor morta perdesse a sua essência, mas a semente da vida não pode ser extinta.

A frieza dos desencontros acaba impedindo que a semente do amor renasça. Iludido pela forte ventania de uma tempestade de verão, o casal acaba concluindo que o mundo veio abaixo, e que o amor se acabou.

Se os dois tivessem a paciência de aguardar as nuvens negras se dissiparem, eles acabariam por enxergar a luz renascer através dos tímidos raios de sol, que logo estariam revelando o sagrado mistério do arco-íris. Assim como as tempestades, os amores kármicos deixam rastros de destruição. Mas, da mesma forma que as tempestades, esses amores kármicos podem ser previsíveis e ter os seus efeitos devastadores reduzidos e, às vezes, controlados e evitados.

Os encontros sempre começam como uma primavera, com os sonhos e as esperanças de todo início de jornada. No verão, eles estão consolidados, tornando-se quentes e fundindo os dois amantes, num ser único – o casal. Depois vem o outono, quando a colheita confirmará a qualidade das sementes. Se semearmos a boa semente, as flores surgirão belas e os frutos colhidos, bons e saborosos. Se a semente for má, o fruto cai e apodrece antes da colheita.

Os casais que não semearem a boa semente alimentarão, por todo o verão, uma amarga sensação de perda e frustração, até chegarem ao limiar do rompimento e da separação, no silêncio e na solidão do outono.

Os dias quente-frios, a brisa morna de um final de tarde e a sensação de falta de expectativas são alguns dos sintomas dessa solidão outonal, que prenuncia a morte naqueles casais que acreditam na morte do amor.

Se a solidão já era prevista no plano da alma, menos mal. Se a separação ocorre num ciclo seis de relacionamento amoroso, será preciso muita coragem e autoconfiança, para superar as sensações de frustração e fracasso.

Solteiros ou separados, toda solidão tem uma explicação. Casados ou juntos, mas mesmo assim solitários, é a solidão espiritual, e não a física, aquela que toma conta da alma.

A aproximação de um novo inverno conduz o casal a uma hibernação, senão física, com certeza psicológica e emocional. E dela, poderá não ser capaz de sair, antes de uma nova primavera chegar.

O inverno lembra inércia, trevas, mistérios e segredos dos mundos interiores, ou a própria morte. O inverno, porém, nunca será o fim, a não ser de um ciclo, para que outro possa nascer.

Entre o encontro do início do ciclo e o desencontro do final, ficarão as lições de amor e as mensagens colhidas a cada reencontro, a serem usadas como sementes para o ciclo seguinte.

Amor à primeira vista, paixões e aventuras românticas estão sempre presentes, a cada nova primavera. Por isso, a cada desencontro, novos encontros trarão esperanças de novos amores e novas uniões.

Encontros e desencontros são etapas naturais na vida de um casal. Eles funcionam como o fluxo e o refluxo das marés, entre o real e o imaginário.

Sonhos e realidades se confundem e se incorporam às almas dos amantes, como o luar a refletir nas águas do mar, iludindo-nos a visão, fazendo-nos crer que a lua foi tragada pelas areias da praia.

Os encontros não poderiam existir sem os desencontros, pois são estes que funcionam como um contraponto indispensável à consolidação dos relacionamentos amorosos.

Os desencontros não afastam, nem separam os casais, mas ajudam a consolidar as uniões, desafiando-os a superar as tentações e as seduções do karma.

Encontros e desencontros fazem parte da história dos casais que deram certo. Quando há um rompimento no fluxo de idas e voltas, então se dá a separação, com a desistência de tentar um reencontro.

Os casais que mantêm os seus vínculos são os que entendem que assim como a natureza não pode viver somente de primaveras e verões, o amor também tem os seus outonos e invernos.

Paixão, amor, crises e reconciliações se confundem com primaveras, verões, outonos e invernos.

Se não soubermos cuidar da terra, guardar as sementes e proteger as mudas, as safras poderão ir perdendo a qualidade até que, um dia, nada mais teremos a colher. Assim também com os casais que não cuidam das suas relações, não preservam os bons hábitos e não valorizam os sentimentos.



Encontros e desencontros no amor, meus atentos e sensíveis leitores, não passam de reflexos dos fluxos da natureza, agindo dentro de cada um de nós, em eternos fluxos e refluxos amorosos.

O verdadeiro amor é uma síntese das quatro estações, perpetuando a vida da natureza humana.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

DE TANTO VER PROSPERAR AS NULIDADES...


TEIA AMBIENTAL - Desenvolvimento sustentável
Rede de Conspiradores Preservacionistas






Não te surpreendas com o título deste artigo, amigo leitor, tu que aqui vens em busca de opiniões e críticas sobre o desenvolvimento sustentável, como sugere o tema proposto pela Teia.

Apelo para uma antológica frase do grande Ruy Barbosa, para confessar a minha decepção com os governantes, engenheiros e economistas, e com os seus megalomaníacos projetos progressistas de expansão econômica. Esses planos de aceleração econômica atropelam a natureza em alta velocidade, numa aceleração que excede o bom senso ambiental.

Dizia Ruy Barbosa, há cerca de um século atrás que “de tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar as desonras; de tanto ver crescer a injustiça; de tanto se agigantarem os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”.

Os mais honestos pensadores modernos cobram dos responsáveis pela economia mundial que questionem os conceitos básicos do pensamento econômico contemporâneo. Com esta afirmação, a ambientalista Hazel Henderson inicia o seu livro Creating alternative futures, e ela não se limita a criticar somente a economia e a tecnologia, mas inclui na sua crítica a política, com esta frase contundente: “A economia não é uma ciência; é meramente política disfarçada”.

A partir dessa afirmação, que atribui aos economistas motivações políticas, dentro dos seus conceitos técnicos, essa brava estudiosa do desenvolvimento sustentável acusa as crises energéticas, urbanas, populacionais e ambientais como conseqüências de uma percepção estreita e inadequada da realidade contemporânea.

Hazel Henderson denuncia em livros e discursos que a sociedade adota uma política de lucros e desenvolvimento econômico à custa da destruição ambiental e de um permanente prejuízo da qualidade de vida.

Responda-me, atento leitor, se poderemos divergir dessas denúncias, diante de todos os desastres ambientais que vimos assistindo com sérias ameaças ao futuro da humanidade.

Os candidatos a cargos eletivos fazem promessas de desenvolvimento econômico, progresso industrial, expansão de investimentos na área de energia e na multiplicação do número de empregos. Mas, o que eles não dizem, mas digo-o eu, é que tudo isso terá um preço ambiental irreparável, e que as conquistas aparentes e imediatas, refletirão num futuro breve, em altos custos para a reconstrução dos ambientes destruídos e para as reparações sociais após as catástrofes decorrentes dessas ações predatórias.

Economista não é um estudioso ambiental, ele só conhece as fórmulas econômicas, e não tem a obrigação de pesquisar os efeitos ambientais dos programas de investimento. Será que tu concordas com essa afirmativa, meu paciente leitor? E com essa outra de que o progresso econômico de uma nação é mais importante do que os cuidados ambientais com a implantação de usinas e fábricas? O que achas de destruir florestas, poluir rios, envenenar os oceanos, em nome de aumentar o PIB da nação? Quem ganha com esse progresso destrutivo? Quem se beneficia com esse crescimento econômico a qualquer preço?

Enganas-te, ingênuo leitor, se respondeste que o beneficiado é o povo. Quem acredita nisto está sendo iludido, e falando a linguagem dos ricos banqueiros que ganham fortunas financiando essas obras, e dos empresários das grandes indústrias multinacionais que destroem e poluem o que atravessa o seu caminho.

“De tanto ver prosperar as desonras; de tanto ver crescer as injustiças...”

Os honestos se inibem de protestar, para não serem acusados de inimigos do povo. Os sábios se calam para não serem chamados de idealistas teóricos e sonhadores. E quem são os que falam em nome do povo? Os que têm os seus interesses ligados a esses projetos ecologicamente criminosos.

Destroem-se florestas, para construir uma usina hidroelétrica. Desviam-se rios e gastam-se fortunas, para levar água para a irrigação de regiões de agroindústria, com desculpas de que a obra irá acabar com a seca e saciar a sede do pobre. Extrai-se o petróleo nos mares, deixando o óleo contaminar as riquezas marinhas oceânicas.

“De tanto se agigantarem os poderes nas mãos dos maus...”

A campanha política que acabamos de assistir mostrou-nos uma candidata com um discurso moderno, pregando o progresso com moderação, para que uma aceleração incontrolável não venha a causar um desastre ambiental.

A política moderna exige discursos que cobrem dos governantes responsabilidades no trato com as riquezas naturais, cuidados com as reservas ambientais e com a preservação dos recursos hídricos do nosso planeta.

Essa candidata obteve uma vitória moral, mas ficou em terceiro lugar. Isso quer dizer que, o que mais importa aos políticos é fazer um discurso populista que ofereça facilidades e favores aos eleitores. Os dois candidatos vencedores cansaram de fazer promessas, mas nada de compromissos com as nossas riquezas naturais. E foram eles que mais votos receberam.

Os grandes grupos estrangeiros estão de olho nessas riquezas naturais, que eles vão conquistando aos poucos, com contratos e acordos mal explicados que lhes permitem controlar fontes de energia e recursos vitais para o futuro da humanidade. Enquanto isso, nós brasileiros, estamos preocupados com dinheiro no bolso, aumento do PIB, redução de juros e novas indústrias, e a natureza é coisa para os “naturebas”.

A nossa candidata verde derrotada deixou para o eleitorado algumas declarações que demonstram o seu comprometimento com a governança moderna, nas quais ele reafirma a sua preocupação com o nosso futuro ambiental.

“A falta de disposição para discutir a sustentabilidade das obras de infra-estrutura da Amazônia somada à percepção de que o governo não fez o suficiente para melhorar a eficiência do sistema e investir em energias alternativas acabou por produzir conflitos agudos e processos equivocados que podem ser evitados”.

“O PAC não é um programa. É uma colagem de obras, ainda que a maioria delas legítima. A primeira coisa a ser feita é transformá-lo num programa de infra-estrutura, voltado para o desenvolvimento sustentável do Brasil, pensando nas questões de forma integrada”.

“O único caminho para o futuro é o da economia verde, que contemple um desenvolvimento sustentável, gere emprego e renda. E ainda que remodele as estruturas que hoje exaurem os recursos naturais do planeta”.

Essa candidata não venceu, perdeu para candidatos da economia predatória.

“...o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”.

Nada mais a declarar, meus fiéis leitores. Até a próxima.